1-Casarão do agente(adquirido e revitalizado pela Prefeitura) atual sede da Sec. de Cultura. 2-antiga residência do agente da estação de Ingazeiras.
No último dia 7 de setembro a velha estação do trem de Aurora completou 91 anos de existência. Uma data das mais significativas. Um verdadeiro marco na história sociopolítica e cultural do município aurorense.
Inaugurada no distante 7 de setembro de 1920(5 anos antes da de Ingazeiras(foto) e, depois Barbalha, Juazeiro e Crato) a estação ferroviária de Aurora, malgrado todo o ostracismo que sofrera ao longo destes anos, ainda hoje mantêm-se de pé, bela, majestosa e oponente como quem com altivez e ousadia está a desafiar a miopia de muitos; assim como a indiferença de tantos outros. Notadamente, os que só conseguem enxergam poder e dinheiro. Os cegos de guia da história.
Junto com o antigo casarão do coronel Xavier construído em 1837, a estação de Aurora constitui sem nenhuma dúvida, um patrimônio histórico e arquitetônico dos mais importantes e de valor incomensurável.
Espaço significativo pelo qual passou parte considerável não somente da história local, mas de toda a região, posto que, por vários anos Aurora ficou sendo o entroncamento final da RVC galvanizando em torno de si as atenções, assim como as necessidades sociais e comerciais de viajantes, potentados, lideranças políticas e comerciantes da Paraíba e do Cariri em geral que, diariamente acorriam à Aurora para pegar o trem da feira com destino à capital.
Sem sombras de dúvidas, uma época áurea na economia aurorense. De modo que, ainda hoje podemos considerar o prédio da estação de Aurora como um marco. Uma vitória da memória contra o esquecimento. Um testemunho vivo da nossa histórica. Razão pela qual precisa impreterivelmente ser preservado, bem como toda a área em seu entorno, evitando assim que não venha a ser objeto da ávida especulação imobiliária, para qual nada mais importa, além do capital e do lucro.
Antigo Galpão da Reffesa: Um fim melancólico.
Em meados de 1994 o município promoveu a demolição de um outro equipamento histórico ligado diretamente à história da velha estação ferroviária. O mesmo era conhecido como o “Galpão da Reffesa” que ficava situado um pouco mais à frente(depois da caixa d’água metálica) na margem da linha na direção do açude Recreio. O que resta ainda hoje do velho Galpão é tão somente uma majestosa árvore – um imenso pé de oiti. A demolição do Galpão foi um verdadeiro crime de lesa-história pelo qual se ressente a memória ferroviária aurorense. Um pedaço importante da história de Aurora que se perdeu para sempre. Temos que evitar agora que o velho pé de Oiti( e até mesmo a estação) não venham a ter o mesmo fim.
SERVIÇO:
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José Cícero
Prof. e Pesquisador
Secretário de Cultura
Aurora-CE.
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WWW.prosaeversojc.blogspot.comFotos: Site Estações, Livro: arquitetura Ferroviária no Ce. e arquivo pessoal do autor.
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