Thursday, April 22, 2010

Sagração ao Dia do Índio*

Por José Cícero

Hoje o sol do Brasil despertou mais cedo e mais bonito.
E a atmosfera com seu ar matutino
Abriu as cortinas dos céus com um sorriso angelical.
Num vôo de passarinhos em bandos.
experimentando a liberdade de viver
em toda a sua plenitude...
Árvores balançando como que ensaiando uma dança nativa
Suavizadas pelo afago frio e carinhoso do vento.
Uma manhã de sol, esbelta e diferente
caiu definitivamente sobre o teto da biosfera mundana.
Um muxoxo dos deuses.
Como nos fosse o abraço quente da mulher amada.
Um mergulho nas águas do grande rio.
Um cair bolando ladeira abaixo
Na grama macia do caminho.
um bando de borboletas
junto as índias bonitas peladas
tomando banho nos igarapés
sob a vastidão dos arvoredos.
Tribo valente nativa
se enfeitando em alegria para o ritual.
Hoje o sol do Brasil acordou cedinho
Com o cantar dos galos nos quintais do mundo.
E tudo o mais que existe nesta manhã de abril
Tem um cheiro gostoso de floresta.
Um aroma do campo, flores silvestres
Impregnando a gente.
Um cheiro gostoso de mata virgem
Esterco fresco de gado bovino dos sertões.
Frutas da serra picadas por pássaros.
Perfumando o ambiente
em todos os seus quadrantes.
O ar puro e felicidade invadindo a gente.
Abelhas voando na nossa vista
como quem nos mostra como faz o mel.
Tudo é novo e mais bonito nesta manhã de abril.
Há aroma de flores nos caminhos
Arbustos ribeirinhos refrescantes
como frascos de perfumes naturais
Roçando os nossos pés e braços
Enchendo de cheiros suaves
O nosso corpo e nossa mente.
Cheiro de terra molhada
Musgos verdes pisados
Águas correntes dos rios
Alimentadas pelos córregos
e riachos exuberantes.
A floresta intocável
Viçosa verdejando o ambiente
Ensaia um abraço quase interminável
Em nosso semblante.
O sol de abril
É como um gigante abrindo os braços
Sobre os viventes da urbe e das matas.
Uma neblina suave
Um vento frio
E em seguida um arco-íris alegre
Um sol dourado
Um brilho sui generis
A clarear nosso espírito
Como se a abóbada do mundo
Se vestisse igual uma donzela
A se preparar para a festa.
Simplesmente,
Porque hoje é o dia do índio.
Um sacramento imorredouro.
Uma oferenda coletiva
Um ritual celestial
Um compromisso ancestral.
Tudo em conjunto
Expresso na delicadeza da vitória-régia
e na energia plena da selva
com seus bichos, oxigênio e clorofila.
Mostrando-nos a força viva da vida
Espalhada na natureza das coisas
Dos ecossistemas do planeta.
Coisas belas...
Vivas e inanimadas da Terra.
Tudo porque hoje
19 de abril é o dia do índio.
O dia em que o mundo
Por completo
Realiza seu reencontro
Com seus verdadeiros donos
Filhos e amigos.
Quando por fim
A Gaia ciência
Os biomas terrestres
As raças, as águas e as etnias
Confraternizam-se diante do amor maior
Que é viver em paz.
Hoje o Brasil e o mundo
Amanheceram de braços dados
Para assistir de pé junto
Um coral de pássaros Amazônicos
No topo das árvores
Ecoando o hino nacional
E noutro ponto eqüidistante
Do verde canto da mata
Os papagaios gritam alto
para que todo o Globo escute:
Viva o índio Brasileiro!
Viva os donos do mundo!
Viva o índio internacional!
(*) José Cícero
Aurora-CE.
Fotos ilustrativas da Internet
Poema feito em 19.04.10
LEIA MAIS EM:
www.aurora.ce.gov.br/

1 comment:

  1. Ou se aquela moça ali em cima for uma india,, sem duvida é uma jóia rara!,,,meu Deus q mulhér linda,,bjsss p/ ela aonde quér q ela esteja!!!

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