A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa. Quando se vê, já são seis horas! Quando de vê, já é sexta-feira! Quando se vê, já é natal... Quando se vê, já terminou o ano... Quando se vê perdemos o amor da nossa vida. Quando se vê passaram 50 anos! Agora é tarde demais para ser reprovado... Se me fosse dado um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio. Seguiria sempre em frente e iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas... Seguraria o amor que está a minha frente e diria que eu o amo... E tem mais: não deixe de fazer algo de que gosta devido à falta de tempo. Não deixe de ter pessoas ao seu lado por puro medo de ser feliz. A única falta que terá será a desse tempo que, infelizmente, nunca mais voltará.
"Mário Quintana"
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*O TREM DA FEIRA DO CRATO E O MENINO SINEIRO DA INGAZEIRAS*
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Todo o Amor que Acredito...
O amor
Que acredito
É a amizade
Que podemos ter
em relação aos outros. Um sentimento desprendido.
Sem nunca esperar nada em troca.
O amor
Que acredito
Está no outro
Não em mim como tal suponho.
Isso porque
Nenhum amor que imaginamos por puro interesse,
existe.
O amor
Que acredito
É assim:
Meio bicho
Meio criança
Inocente,
Carente, Anjo torto.
Fruto
da nossa complacência
Interior.
O amor
Que acredito
É compreensão
Solidariedade
paixão
Com que nos doamos a nós mesmos
e aos outros.
O amor
Quer acredito
É algo
Por demais subjetivo
Por isso,
Se o tenho
Sinto-o apenas por orgulho
Para mim mesmo.
Do meu jeito.
Único
e verdadeiro.
O amor
Que acredito
É esse jeito
Amigo,
puro estado de espírito.
Maneira de ser diferente de se enxergar a vida bem como, de se estar no mundo.
O amor
Que acredito
É algo
Fora do comum
e dos conceitos pré-estabelecidos.
Não a frescura
com que muitos
cínicos e malandros
Utilizam-no
Para o engano dos fracos ou mesmo, para escravizar o outro.
O amor
Que acredito
É livre e pleno
Como o vento.
E mesmo que ninguém
Diga que não o ver
Eu assim mesmo
o Sinto. no meu ego.
Porque o tenho
no meu Eu profundo.
O amor
Que acredito
Só é verdadeiro
porque primeiro
testo em mim mesmo
sintindo-o a contento
com os olhos da alma
e do sentimento.
O amor
Que acredito
É o que sinto por mim mesmo. Gesto pleno... Só Por isso é verdadeiro
e pronto.
Autor: José Cícero In Fractais Poéticos Inédito
CRONOLOGIA DO TEMPO QUE INVENTAMOS*
O instante. Minuto atrás Que não mais existe. Impressão do tempo, Abstração que criamos Em cada vão momento. Cinzas das horas De tudo que vivemos e não faz sentido.
O momento. Instante efêmero. Passageiro, Dos nossos sentimentos. Pretérito de tudo que sonhamos. fera que nos devora, Sensação do que fomos ontem.
O tempo. Acúleos das nossas mãos. Flores que damos ao inimigo. Pedras dos caminhos Longos sentimentos sobre nossos ombros. Fardos pesados, Sobre-humanos esforços. Rugas a nos consumir Por dentro.
Relógio. Cronômetro coveiro. Dos nossos pensamentos. Minguadas horas, escorrendo, nas nossas costas Cansadas. Portas que se fecham Pelo lado de fora; Esperanças mortas.
Lembranças. Traça que nos consome a todo instante. Aridez dos nossos olhos. Anos findos. Tempos passados, Contagem decrescente Da morte enamorando a vida. Felicidades que sonhamos E não vivemos.
Tempo. Arrependimento. Sucessão de contrários. Ingratos acontecimentos em nós guardados, Fantasma destrutivo De sonhos. E tudo o mais que o acaso reservou pra nós E não percebemos. Do que era real. E não acreditamos. Do que foi verdadeiro E nos abstraímos. Do que foi bom E não avaliamos. Tempo, tempo, tempo... Passado, Passando sobre nós mesmos. Tempo: nada de absoluto engano humano. suprafísico conceito abstracionismo utópico. metáfora da besta fera atormentando as nossas vidas. Tempo: cronologia vã que inventamos um dia e desde então desconfiamos.
(*) JC - In Abstrações do Acaso Inédito
QUEM SOU EU
Sou a voz do amor que grita alto No ouvido dos belos corações Nos problemas eu busco soluções Numa guerra de ódio a paz exalto. Sou a mão da justiça contra assalto Sou contrário a cruéis rebeliões Nunca fui marginal como os ladrões E na escola do crime eu sempre falto. Meu projeto de crença é a virtude O meu objetivo é a vitória O meu bem valioso é a saúde. Meu poder de conquista é minha glória Meu presente é viver a juventude E meu maior documento é minha história.
Autor: Cícero Cosme Poeta repentista-violeiro Aurora-Ce.
A TERRA É A NOSSA ÚNICA MORADA
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A POESIA NOSSA DE CADA DIA: INDIFERENÇA SOCRÁTICA*
Não sou isso Que querem que eu seja Eu sou outro. Quando muito. Pão dormido Mofado Sobre a superfície suja De uma velha mesa Servida aos que precisam e que não possuem soberba.
Sou tudo aquilo Que não se espera Que eu seja. Sou outro. Broto de favela. Semente adormecida Esperando a chuva Sobre a terra. Ressequida Morta de sede. Raízes, vida plena Verde-clorofila Benfazeja.
Não sou nada De absoluto De todo mal que acaso me deseja Sou treva. Serei madrugada. Sol da vida. Bicho do mato Sal da terra Abrolhos, Flores no campo. Ferrugem estampada Na carne crua Na cara Lambuzada de cinismo Daqueles que me detestam. Mas isso é nada, porque cresço quando me apedrejam. E eles, quando muito serão inveja, orgulho e fraqueza.
(*) Autor: José Cícero In "miscelânias de uma vida inteira" Inédito.
ESPORTE E CIDADANIA - A NOVA CARA DE AURORA
1ª GRANDE COPA DE FUTSAL - Zé Vicente Arruda. Edição 2010
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